18/02/2016 as 11:27:39 | por Roberto Marques |
Após acalorados embates entre prós e contras, a administração gerida pela prefeita Lucimar Campos na cidade de Várzea Grande, a Câmara Municipal decidiu por criar na noite desta quarta-feira (17.02), uma Comissão Processante (CP), que visa investigar a denúncia feita pelo vereador Fábio Saad (PTC).
Nela (denúncia), o parlamentar aponta haver robustos e grosseiros indícios de falsificação de documentos que foram usados para fraudar dispensa de licitação e superfaturar preços de medicamentos na gestão da democrata.
Ao fazer uso da Tribuna, o vereador Saad reafirmou a denúncia feita em 18 de janeiro deste ano e ainda apresentou cópias de documentos comprobatórios, que segundo ele, foram forjados por partes interessadas para fazer valer do processo 099, aberto pela Secretaria Municipal de Saúde, porém firmaram contrato da negociação com a empresa Dental Centro Oeste, para aquisição de medicamentos que somariam mais R$ 2,1 milhões.
De acordo com o parlamentar, todos estes documentos ilegais foram mostrados para a prefeita antes de serem protocolados na Secretaria Geral da própria Câmara e em vários outros órgãos fiscalizadores (estadual e federal) dispostos a fazerem cumprir corretamente as leis brasileiras.
“Fui até o executivo de Várzea Grande com documentos e falei: prefeita, se a senhora quiser pagar isso aqui, peço que não execute o pagamento. Serão dois milhões e cem que sairão dos cofres de Várzea Grande e ninguém vai saber pra onde que vai”, observou o vereador.
Na sequencia o vereador Ivan dos Santos Oliveira (PT), também fez uso da palavra para atacar a gestão Lucimar. Para Ivan, a prefeita vem cometendo erros após erro frente ao paço municipal, “tanto é que na semana que vem vou protocolar mais duas denúncias gravíssimas nesta Casa e demais órgãos fiscalizadores. Há fortes indícios de fraudes licitatórias que vão desde 100 mil a mais de dois milhões de reais”, ameaçou o petista.
Para a vereadora Sumaia Leite (SD), a criação da CP para investigar as denúncias do vereador Saad contra administração municipal, não se trata de uma condenação antecipada da prefeita Lucimar.
“Haverá oportunidade de ampla defesa para todas as partes envolvidas e caberá a essa Comissão esclarecer, fazer um relatório, trazer para o plenário e aí sim, ver se procede a instrução de uma CPI”, afirmou Sumaia.
Ao final de tudo, após sorteios de nomes, foi criada a Comissão Processante que ficou composta da seguinte maneira: Claído Celestino Batista “Ferrinho”, do partido PROS será o presidente, Pedro Paulo Tolares (PSD), será o relator e, Waldir Bento da Costa (PMDB), exercerá a função de membro.
De acordo com o Regimento Interno da Casa, a Comissão terá prazo de 60 dias para apresentar os resultados que poderá receber parecer procedente ou não.